Djanira Costa: Ação Social

Ano 2012

Curadoria Exposição

Sempre olho para as minhas mãos, agradeço e peço que elas sempre estejam aqui, assim, sadias, e ágeis, para que eu continue a desenvolver os meus trabalhos, tanto na arquitetura, quanto na pintura, mas pouco agradecia pelos meus olhos...

Esta exposição me ensinou a agradecer mais e por tudo, me ensinou a ser uma pessoa ainda mais crente na mente humana, na boa vontade, no amor, me fez ficar atenta ao que não vejo, pois qd sinto, percebo, ouço, imagino...isso também tem muito valor.

E me fez ter mais certeza de que a Arte serve pra curar a alma das pessoas.

Estas esculturas, foram executadas por deficientes visuais, pessoas que nunca viram ou que por algum motivo perderam a visão durante a vida.

Num primeiro momento era só um porquinho...que eu já tinha visto e agora tateava....mas com o desenrolar da conversa(que tive enquanto estava participando da vivência, de olhos vendados) , descubro que o porquinho é um cofre e que foi sugerido pelo coordenador do curso de cerâmica, Luiz Hazediaz, pelo fato de ser um guardador de valores, e é o primeiro sentimento que as pessoas que enxergavam tem quando ficam cegas: introspectivas, guardando as suas preciosidades, seus valores...mas tem um dia que o cofre é quebrado, e acho que um destes dias foi nesta exposição, grande satisfação foi tangenciar estas pessoas e um pouco das histórias de suas vidas.

e poder ver um pouco do que exiatia dentro do cofre.

Me sinto honrada em poder participar disto tudo.